#5 Caso Clínico


Em seguimento deste post  mostro-vos então o caso clínico de um doente celíaco


--> Rapaz, 30 anos, com significativos sintomas gastro-intestinais perturbadores do bem-estar diário (influenciando a vida profissional e familiar do doente). Após ligeira perda de peso e persistência dos sintomas em consulta médica foi-lhe diagnosticado a doença celíaca. 

Vejam como a vida dele mudou ... 


1.      O que sentiste quando te diagnosticaram a doença celíaca?
Epa, uma sensação mista de tristeza com alívio.  Triste por ter sido diagnosticado uma doença que á partida terei de lidar com ela para o resto da vida, mas por outro lado de alivio porque após 6 meses de muito stress, ansiedade, incerteza finalmente fiquei a saber que realmente tinha uma doença mas que era perfeitamente possível ter a minha vida normalíssima apenas com algumas restrições alimentares.

2. Antes de iniciares a tua "dieta para o resto da vida" concerteza tinhas medos e receios, agora cumprindo a dieta já à algum tempo, o que achas?! Esta a ser mais complicado ou mais simples do imaginavas?
Sinceramente, mais simples do que imaginava. Sabia que teria de fazer algumas restrições, mas não sabia como iria gerir-las no dia a dia. As restrições que necessitamos de fazer não são assim tão duras, ainda mais hoje em dia que existe uma panóplia tão variada de alternativas no que diz respeito a produtos alimentares sem glúten. Todos nós no fundo somos gestores, basta sabermos gerir a nossa alimentação, sabendo o que não podemos comer e que alternativas temos para matar o desejo. Não sendo o meu caso especifico porque nunca fui muito fã do pão, julgo que a maior dificuldade das pessoas será a restrição do pão, dado ainda não encontrarmos pão de qualidade que substitua o pão original (com glúten). Nesta caso em concreto aconselho que as pessoas façam o seu próprio pão em casa.



3. Que principais transtornos te causa a dieta no teu dia a dia de trabalho? 
Única e exclusivamente o facto de ter cuidado com a refeição que vou escolher. As pessoas que podem optar o local onde vão comer, podem perfeitamente escolher a refeição. Quem almoça no seu trabalho, terão de ter mais algum cuidado dado poder haver alguma refeição num determinado dia que não possam comer. Sugiro que solicitem o menu da semana para que possam gerir as vossas refeições.



4. Quando estás em em festas ou jantares e as pessoas te oferecem alimentos com glúten, o que fazes? 
Digo simplesmente que não posso comer, e que vou comer outra coisa. As pessoas que tem alguma dificuldade em aceitar e transparecer a sua doença, podem perfeitamente dizer que agora não apetece, preferem outra coisa.

5. Quando vais jantar ou almoçar fora de casa, que opções alimentares costumas preferir nos restaurantes?
Sempre fui muito fã de arroz, por isso o facto de não comer massa não me perturbou muito. Sempre que vou a um restaurante opto por um prato que possua arroz ou um que seja á base de legumes  ou a base de saladas, etc..



6. Quais os teus novos alimentos preferidos?
Como minha avó diz, sou de “bom dente”, não existe assim novos alimentos que prefiro. Continuo a gostar do que gostava, mas se não for o alimento normal, o alimento que o substituiu sem glúten. Mas as pipocas de Caramelo são muito boas… hihihihi




7. Antes de saberes que eras celíaco, tinhas uma alimentação com glúten, ou seja, "o normal", de que é que tens mais saudades de comer? 
O único alimento que tenho mais saudades de comer são bolos. Foi o único alimento que posso dizer que me dá algumas saudades.


8. Comes alguns alimentos com glúten de vez em quando? E sentes consequências?
Por mais que queiramos ter uma alimentação 100% isento de glúten, é muito difícil hoje em dia. A panóplia de alimentos, que são confecionados, os extras que levam na sua confeção, as refeições exteriores principalmente as que levam molhos, misturas, etc… é sempre difícil. De vez em quando, deixo escapar um “golinho” de cerveja, pedacinho de tarte, bolo, etc… Dependendo da quantidade posso sentir que a nível intestinal alterou um pouco, e pode alterar um pouco a consistência das fezes, nada mais.




PS * Obrigada ao paciente por ter disponibilizado o seu tempo e boa vontade para responder ao inquérito! :D 

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