Sou uma mulher do séc. XXI

Algumas vezes perguntam-me se só como comida biológica e se não tomo qualquer tipo de medicamento químico. Realmente este fim de semana pus-me a pensar um pouco, e se calhar é só essa a mensagem que passo "cá para fora". 
Mas não; costumo dizer aos meus pais, [com um certo aperto no coração...] que sou uma mulher do século XXI, sou uma mulher que sobrevive de substâncias preparadas em laboratório, (como sabem) tenho uma doença auto-imune da tiróide, e diariamente tomo medicação;  também já tive situações de emergência médica que precisei de cirurgia, medicação química e outros tratamentos (se assim não fosse, se calhar não teria sobrevivido).

De qualquer forma, tenho cerca de 90% (ou mais) dos meus armários em casa compostos de alimentos biológicos e de comércio justo, prefiro consumir animais criados ao ar livre e pescado de captura no mar...  E posso vos dizer que há mais de um ano não temos ben-u-ron nem brufen em casa, nem eu, nem o Pedro, nem o Zé temos precisado de o tomar. Mas, se houver necessidade vamos fazê-lo, a medicina convencional deve se cruzar com uma alimentação o mais natural possível... e é nisso que nós acreditamos!
Entre comer uma maçã biológica, e uma outra que pode levar até 50 compostos diferentes, prefiro a biológica; entre consumir alimentos processados, com nitratos, nitritos, sulfatos e sulfitos, prefiro ingerir um bife de uma vaca que viveu num pasto; entre dar um creme ou shampoo ao Zé cheio de parabenos e SLS's e mais químicos, ele usa shampoos, cremes e pasta de dentes orgânicos.  Estão a perceber a ideia?!...E para nós a simbiose só funciona assim! 

Da primeira vez que fui invadida por esta doença auto-imune da tiróide, levei dois anos a tratar (e cheguei a tomar 12 comprimidos químicos por dia). Este ano em Janeiro, a doença voltou (por razões de alterações hormonais provocadas muito provavelmente pelo stress)... e em 7 meses a doença entrou em remissão! Sabem o que fiz de diferente?! Procurei uma médica que me ouvisse, que me procurasse entender e que me acompanhasse na ideia de mudar a alimentação para a doença entrar em remissão mais cedo. Faço uma dieta isenta de químicos, sem glúten, com restrição de alguns alimentos específicos e dou mais ênfase a outros alimentos com efeitos mais terapêuticos para o meu caso em específico. Esta decisão foi tomada por nós as duas, eu e a minha médica, ela sabe e acompanha todos os passos. 
O meu processo clínico só me faz acreditar ainda mais que uma alimentação saudável pode se reflectir na minha maior protecção (mas .. sem fundamentalismo)! Querem uma dica,?! Se como eu precisam da medicina, procurem terapeutas que vos ouçam e estejam abertos às vossas dúvidas, medos, decisões e opiniões... mas por favor, dêem o vosso melhor para fazer boas escolhas alimentares. 






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Bolachinhas de chocolate, aveia e batata-doce

E como o prometido é devido, aqui fica a nossa invenção da passada sexta-feira. "Bolachinhas de chocolate" para o Zé, para vocês são "Bolachinhas de batata-doce, aveia e chocolate" (porque ele não gosta de batata-doce). 
Eu adoro o Verão, mas a verdade é que já tinha saudades deste tempo mais fresco e chuvoso. Adoro estar pela cozinha com o Zé a experimentar receitas e a abrir e fechar armários. Como mãe gosto muito de brincar com ele, mas farto-me um bocadinho de barcos, dinossauros e de fazer agachamentos para o chão... quando estamos na cozinha, é como se estivesse ele a brincar comigo!! 

Ingredientes
- 1 e 1/2 chávenas de flocos de aveia
- 2 chávenas de puré de batata-doce
- 1/2 chávena de xarope de ácer
- 2 c.sopa cheias de cacao cru
- 2 c.sopa de óleo de côco 
- 1 mão de pepitas de cacao. 

Modo de fazer
Cozinhar a batata-doce, e transformá-la em puré. Misturar o xarope, o cacao e o óleo de côco até obter uma mistura cremosa. No final colocar os flocos de aveia e as pepitas de cacao (é a parte do: mistura, mistura, mistura). 
Colocar montinhos de massa em cima de papel vegetal (podem fazer formas de dinossauros como o Zé) e levar ao forno a cerca de 180º por cerca de 20minutos. 
Deixar arrefecer .. e comer! 
Se experimentarem, quero saber como correu. 
;) 


Esta aqui não é da receita ... ele apenas apanhou uma barra de chocolate preto e achou de raspar ... e eu deixei! haha


Ok, acho que a boca e a roupa denunciam-no! :/ 







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4 Dicas: Alimentos X Produtos Alimentícios

Nem tudo o que nós comemos é alimento! Existem grandes diferenças entre alimentos e produtos alimentícios/alimentares!

Por definição, os alimentos, encontram-se na sua forma natural, sendo de origem vegetal ou animal, e para o seu consumo imediato apenas se exige a remoção da parte não comestivel e/ou os tratamentos indicados para a perfeita higienização e conservação do alimento.
Por sua vez, o produto alimentício é todo o alimento derivado da matéria prima alimentar (ou seja do alimento in natura) ou até de outras substâncias permitidas (que não alimentos), obtidos por processos tecnológicos.

Compliquei?!

Passo a explicar, alimentos in natura são todos os que consumimos tal como encontramos na natureza: sem conservantes, sem aditivos e sem nenhum produto adicionado que os modifique ou interfira com a sua validade. Tudo fresquinho!! 
Já os produtos alimenticios ou alimentos processados, passaram por uma ou mais interferencias que modificaram a sua forma original. Geralmente com o objectivo de aumentar o tempo de prateleira e o sabor (para serem mais interessantes do ponto de vista económico!)

Um “passeio” ao supermercado pode ser uma aventura. Deparamo-nos com um mar de informações que às vezes até para mim (que estou “mais ou menos” dentro da área) é super complicado...
Vivemos numa era em que os alimentos que “duram mais tempo”, os “que sabem melhor” ou os “que são mais baratos” passaram a ser os seleccionados... e esquecemo-nos de fazer perguntas tão óbvias, tais como:

  *Que alimento é este?
*De onde veio?
*Qual a sua composição? O que leva? Quais os ingredientes?
*Como foi tratado?  
Passamos a fazer escolhas, não pensado no mais importante: o nosso corpo, bem estar e saúde!
Deixo-vos quatro dicas simples para serem mais críticos nas vossas escolhas:

1 – Escolham mais produtos sem rótulo (porque significa que são alimentos)
2 – Dos que têm rotulo, leiam a lista de ingredientes: se contiver nomes estranhos que não conseguem pronunciar .. não comprem, não é comida!
3 – Tentem compreender de onde vem a carne ou o peixe que compram, e como é que foi a vida do animal. Por exemplo: se peixe, prefiram de captura no mar, se carnes, que tenham vivido ao ar livre (nada de peixes de aquacultura, nem frangos de aviário)
4 – Escolham mais produtos naturais, locais e de preferência biológicos.

Atenção, nem todos os produtos alimentícios e processados são maus...é uma questão de sermos consumidores críticos!

E então, já costumam ser críticos nas vossas escolhas?!





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O que é Lucuma?

Já ouviram falar de Lucuma (pauleira Lucuma)?
 Então aqui vai uma breve descrição: é um fruto de cor alaranjada no seu interior, muito pouco falado aqui por estes lados da Europa porque tem origem na America do Sul, mais propriamente do Peru. 
A primeira vez que ouvi falar em Lucuma, fiquei um pouco reticente, do tipo: "O pessoal do Marketing encontrou mais um superalimento" hehe... Então fui escarafunchar mais um pouco pela comunidade cientifica, e o que me pareceu, foi que: 1) existem poucos estudos, porque apenas recentemente tem sido estudado; e 2) que parece ter os seguintes benefícios
* Rico em Caroteno, um antioxidante que tem efeitos anti-aging, e é muito importante para a visão. 
* É doce. É um adoçante natural, de baixo índice glicémico. Esta condição faz com que seja utilizado como substituto dos açúcares nas receitas mais saudáveis.
* Rico em Ferro. Aumenta os níveis de energia, melhorando a oxigenação das células. Daí ser muito utilizado como energético. 
* Rico em Niacina (B3), que normalmente existe em carnes. Esta propriedade faz com que a Lucuma seja uma boa fonte de Niacina para vegetarianos e vegans. 
* Rico em Fibra. Ajudando no processo digestivo.

 São poucos os substitutos saudáveis do açúcar que vêm com tantas vantagens ... e penso que se deva a isto, a designação de super à lucuma. 

Como usar?
Adicionar nos sumos, na papinha do bebé, na bolos e bolachas, misturar no iogurte, no cha, no cafe, polvilhar nos cereais, no pudim de chia, fica óptimo com chocolate, nos gelados, nos leites...Enfim, ao gosto do freguês! 
Cerca de 15g de pó por dia. 
E então, ficaram com vontade de experimentar? Se sim, depois digam como correu! ;) 








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